Confira abaixo a entrevista com David Moyer, Vice-Presidente Executivo da CENTURY 21 Brasil
Só neste ano, o mercado imobiliário brasileiro deverá crescer de 10% a 15%, aposta o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Um levantamento feito pela Lello Imóveis confirma o otimismo. Segundo a imobiliária, o número de novos contratos de aluguel de imóveis residenciais cresceu 20% na cidade de São Paulo, em 2009.
Além de mão-de-obra na área de construção civil, como engenheiros e técnicos, o corretor de imóveis é mais um profissional que será muito demandado.
Licença - Com a função de intermediar a compra ou aluguel de imóveis residenciais, comerciais e de luxo, esses profissionais de formação múltipla precisam de uma licença específica do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) para atuar no mercado.
Para conseguir a licença, é preciso fazer um curso específico. A lista de escolas credenciadas pode ser encontrada na página do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
Mas para ter sucesso na carreira, aponta David Moyer, vice-presidente executivo da Century 21 Brasil, é preciso muito mais do que uma autorização para agir.
Habilidades - “O profissional deve ter orientação para o negócio e capacidade de compreender os conceitos jurídicos envolvidos na corretagem imobiliária, ter organização, foco nos detalhes do trabalho, além de boa compreensão e habilidades de marketing”, enumera Moyer.
“Devemos lembrar que esse mercado lida diretamente com pessoas e relacionamentos de negócios. Se você não gosta de trabalhar com pessoas, então você deve pensar em outra profissão”, alerta.
Formação - Publicidade, Marketing e Engenharia são algumas das formações encontradas na área de corretagem imobiliária. O domínio de uma língua estrangeira e total conhecimentos das redes sociais também são critérios que diferenciam um profissional, avalia o empresário e engenheiro civil Alexandre Melão, sócio-diretor da Drive.
Dentro do perfil dos corretores, complementa Melão, estão tarefas como serviços de intermediação de aquisição de terrenos, análise de riscos que inclui aspectos legais, ambientais e de licenciamento, além de gestão de empreendimentos.
Os corretores podem ser especializados e lidar com mercados específicos, como os imóveis residenciais, comerciais e de luxo. Para ser um corretor certificado da Century 21 Comercial ou da Century 21 Fine Homes & Estates, por exemplo, o profissional deve comprovar que possui uma quantidade mínima de negócios em um desses segmentos.
Dificuldades – Mas vender, simplesmente, não é tarefa tão fácil quanto se imagina. O corretor autônomo Marcelo Silvério, de 36 anos, comenta que as grandes corretoras já dominam os principais empreendimentos.
“Há dificuldade tanto para arranjar produtos para trabalhar, no caso, imóveis, quanto clientela. É mais raro confiar em um corretor sozinho, autônomo, do que em uma grande empresa que já está no mercado há décadas”, aponta.
