quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Primeiros franqueados são pequenas imobiliárias e empreendedores

Fonte: 10/02 - 07:00 - Marina Gazzoni, iG São Paulo


Os primeiros interessados em abrir unidades de franquias imobiliárias no Brasil são empresários, trabalhadores ou investidores que já atuavam no setor de imóveis, segundo as empresas consultadas pelo iG. Os desejos de abrir um negócio próprio ou de participar de um grande grupo são os principais atrativos para os franqueados.
Após 16 anos à frente de uma imobiliária que levava seu sobrenome em Vitória (ES), a família Milanez migrou para a rede de franquia internacional Century 21 no fim do ano passado. A decisão veio depois que a empresa perdeu corretores para imobiliárias maiores, afirma o empresário Lorenzo Milanez. “Percebemos que não podemos ficar isolados. É preciso fazer parte de um grande grupo”, diz.

Marlon Stein
Lorenzo Milanez, diretor-executivo da Century 21 Milanez, em Vitória (ES)

Quatro meses depois de aderir à franquia, a imobiliária de Milanez conta com oito corretores e 36 imóveis à venda com exclusividade. Antes de entrar para a rede, a empresa tinha quatro corretores e entre três e cinco imóveis exclusivos. “A exclusividade na venda é o objetivo de toda a imobiliária. A marca forte é que permitiu isso.”
A segurança de uma marca internacional foi o que motivou o empresário Eduardo Rosa a abrir seu próprio negócio _uma franquia da Re/Max no bairro Santana, em São Paulo. Rosa trabalha há dez anos em construtoras, mas não queria enfrentar o risco de criar uma empresa com uma nova marca. “Dentro da franquia, o risco e o custo de abrir uma imobiliária são menores. É como se fosse um McDonald’s”, afirma.


Investimento e manutenção

O valor do investimento é outro atrativo, tanto para os investidores do mercado imobiliário quanto para os interessados em franquias de todos os setores. O custo inicial para uma franquia imobiliária varia entre R$ 30 mil a R$ 290 mil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e das empresas do setor. Franquias de outros segmentos exigem um investimento maior, em geral. Marcas como Pizza Hut, O Boticário e Spoleto, por exemplo, custam, no mínimo, R$ 1 milhão, R$ 150 mil e R$ 355 mil, respectivamente.
A taxa de royalty da franquia varia para cada rede. A Re/Max e a Century 21, por exemplo, cobram cerca de 7% do faturamento. Já a Rede Morar adota tarifas mensais fixas, de R$ 2.000, no primeiro ano do negócio, e de R$ 3.000, no segundo.

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