segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Setor imobiliário é um dos que mais deve crescer em 2010

* Por Wilame Lima, Coordenador da Marca CENTURY 21 no Brasil

A crise que passou ainda deixa marcas na economia brasileira. O PIB, por exemplo, não cresceu como deveria e ainda pode fechar o ano com mais uma queda. Enquanto isso, economistas prevêem que os segmentos imobiliário e de construção pesada darão sinais rápidos de recuperação em 2010, isto graças a investimentos públicos.

Você deve estar se perguntando que mágica anima o setor imobiliário, um dos menos afetados pela crise de 2009, mas curiosamente apontado como o culpado pelo terrorismo do Subprime americano. É preciso entender, entretanto, que o setor não é uniforme e que nem todos os países estão numa maré de sorte quando o assunto é compra e venda de imóveis.

Em Portugal, por exemplo, as imobiliárias ainda não tiveram uma colher de chá e, por lá a retomada dos negócios de imóveis ainda deve demorar, mesmo com os bancos oferecendo mais crédito para tentar diminuir os efeitos da crise. Isso significa menos vendas e mais dor de cabeça para os portugueses, pelo menos por enquanto. Tudo isso porque a situação melhorou e muitas famílias que estavam esperando a primeira oportunidade para vender seus imóveis e saldar dívidas optaram por adiar as negociações graças à redução da taxa de juros e dos encargos relacionados ao crédito habitacional.

Por aqui, vemos a festa da casa própria. O governo federal, que passou o ano estimulando a construção de novas residências populares e o acesso ao crédito colhe os primeiros frutos de toda esta campanha. O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) já trabalha com uma margem de crescimento de 10% a 15% do mercado imobiliário brasileiro em 2010, incluindo lançamentos e vendas de terceiros. Também se notou, de acordo com o órgão, que as vendas de 2009 foram iguais ou maiores que em 2008.

Não é necessário ir muito longe para perceber que os brasileiros poderão manter a cabeça fria em 2010. Outros setores, como o de produção, indústria e comércio também crescerão, de acordo com a Equifax, que já prevê resultado positivo na produção de grãos. Enquanto em 2008 tivemos um período de escassez de crédito, em 2009 houve recuperação da confiança e esgotamento dos estoques industriais. Com esse cenário, é possível antecipar que já no primeiro semestre de 2010 teremos um nível de produção industrial parecido com os anteriores à crise.

Para o mercado imobiliário, a elevação do consumo reflete-se em mais gente em busca de novos imóveis. Com a construção de novos empreendimentos, o setor mais beneficiado em 2010 deve ser o de lançamentos, em todo o Brasil. Em algumas capitais, devem ser erguidos bairros inteiros no entorno de locais como novos shopping centers, que normalmente estimulam a verticalização nas áreas onde estão localizados. Isso sem falar na Copa e na Olimpíada, que já devem começar a estimular o investimento em infra-estrutura a partir do próximo ano.

Outra razão que nos faz acreditar que as imobiliárias estarão cheias de clientes em 2010 é a diminuição da taxa de desemprego e, como conseqüência, confiança do consumidor para utilizar o FGTS. A área que mais deve empregar ainda será a industrial, principalmente na região metropolitana de São Paulo.

As perspectivas são boas e quase todos os indicadores se voltam para o crescimento da indústria imobiliária. Agora, cabe aos profissionais do setor se utilizarem de ferramentas como o marketing direto e o planejamento estratégico para captarem mais clientes, afinal de contas, ainda é grande o número de pessoas que opta por realizar a transação imobiliária sem um Corretor profissional. Esse é um dos melhores momentos para trabalhar profissionalmente com os clientes.


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